Imagens: reprodução TV Globonews
O sucessor de Bento XVI precisou de cinco votações do conclave para ser escolhido como o Novo Papa. Cento e quinze cardeais católicos de cinquenta países concorriam ao cargo de autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Romana.
Jornais televisivos e online a nível nacional haviam informado nesta terça-feira, 12, que imprensa de todo o mundo estava presente na Praça São Pedro, Roma, em frente a Capela Sistina, aguardando o anúncio do nome do novo líder da Igreja Católica. Somente às 19h05, horário da Itália – correspondente às 15h05 no Brasil, desta quarta-feira, 13, a fumaça branca saiu da lareira na Capela Sistina indicando a escolha do sumo pontífice.
Milhares de fieis acompanharam o pronunciamento em latim “Habemus Papam” (Temos um papa: traduzido em Língua Portuguesa) feito pelo cardeal Jean-Louis Tauram às 16h12 – horário de Brasília, 20h12 no horário local (Itália), que anunciou o nome do novo pontífice, o qual será chamado de Francisco, reveciando São Francisco de Assis, o santo dos pobres.
O argentino Jorge Mário Bergoglio, 77 anos de idade, obteve ao menos 2/3 dos votos e foi escolhido para assumir o cargo mais importante para os católicos. Bergoglio foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II e atualmente era o arcebispo da capital argentina. É o primeiro cardeal latino-americano, mais precisamente sul-americano, a assumir o papado e é o pontífice de número 266 na representação máxima da Igreja Católica. Ele é também o primeiro papa escolhido fora do continente europeu.
A primeira aparição pública do novo Papa aconteceu às 16h22 (horário de Brasílio e às 20h22 – horário da Itália), na varanda da Basílica de São Pedro para dar sua primeira bênção 'Urbi et Orbi' a todos que ali estavam e ao mundo, ele ainda orou pelo bispo emérito Bento XVI.
Em seu primeiro pronunciamento como Papa, Jorge Mário Bergoglio agradeceu aos demais cardeais pela escolha que, segundo ele, foram buscá-lo “quase no fim do mundo”, referenciando ao país de origem. Na mesma ocasião o novo pontífice rezou o “Pai Nosso” em italiano com os fieis e ainda pediu que orassem por ele, encerrando, assim, o protocolo oficial do conclave papal.
O Brasil e a Espanha dividiam a quarta e quinta colocação - simultaneamente - com cinco candidatos cada concorrendo ao papado. O maior número de candidatos, obviamente, foi da Itália com 28 representantes, seguido de Estados Unidos da América, 11 e Alemanha com 6 representações.
Dos cinco cardeais brasileiros, dois eram bem cotados para vencer o conclave, sendo Odilo Scherer, 63 anos, que era visto como o principal candidato da América Latina e João Bráz de Aviz, 65 anos. Apesar do Brasil ter grandes nomes e ainda ser o país com o maior número de católicos no mundo, com 42% da população, infelizmente perdeu para a Argentina.
Antes mesmo do início do conclave, vários jornalistas informavam que na primeira votação (iniciada na terça-feira) era pouco provável que o nome fosse anunciado e assim se sucedeu ao longo do desta quarta-feira. O que surpreendeu foi à escolha do argentino, já que ele não era um dos mais cotados, como o italiano Angelo Scola, com 71 anos de idade, e o brasileiro Dom Odilo Scherer.
No entanto, o argentino não aparecia na lista dos candidatos mais citados, como o brasileiro, o italiano, o canadense Marc Ouellet, 68 anos, e o americano Sean O’Malley, também de 68 anos de idade.
De acordo com o portal terra.com, Jorge Bergoglio tem origem jesuíta e ficou conhecido por haver sido responsável na América Latina pela redação do documento sobre o segredo de Aparecida. Figura controvertida no cenário argentino, ele se destaca por sua forte personalidade e pelo afrontamento declarado à atual força política do país, o Kirchnerismo.
Como indica o número de votação sem resultado neste conclave (quatro fumaças escuras), a escolha não foi fácil, afinal, o número de cardeais católicos disputando o cargo foi expressivo: 115 e, refere-se ao cargo mais importante da Igreja que, tem sido grandes temas de noticiários sobre casos de corrupção, crimes de abusos sexuais, entre outros motivos, inclusive cogita-se bastante que a renúncia de Bento XVI tenha sido motivada em virtude dos escândalos que a Igreja Católica tem enfrentado nos últimos anos.
A escolha do novo Papa interessa a todas as comunidades católicas espalhadas pela Terra, inclusive em Euclides da Cunha e região que faz parte da maior população católica no mundo.