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Olá, leitores
Quero propor uma daquelas histórias quase reais, vamos lá?
Thomas era um adolescente de 17 anos que passava por uma fase dificílima na sua vida. A ponto de ter que decidir seu futuro profissional, a pressão sobre seus ombros aumentou exponencialmente, ele não estava preparado para aquela decisão, ao menos não naquele momento.
Nesse ponto, ao se aproximar de sua formatura, seu coração começou a procurar distrações sabotadoras. Thomas passou a se envolver com amigos novos que fez no campo de futebol e em um dessas saídas, ele passou dos limites da curtição.
Seus pais o pegaram bêbado, quase sem sentido, desmaiado. De lá para cá, o clima em casa ficou tenso.
- Você deveria estar se preocupando com seu futuro, você não foi criado para isso! – Disse o pai em voz alta e autoritária
- Meu filho, você é um menino tão bom, por que está fazendo isso? – Disse a mãe apaziguadora, mas não menos sufocante.
Thomas continuava em silêncio, algo nele estava quebrado, e pelo medo de não ser compreendido, ele não explicava.
O decorrer daquele ano foi desse jeito, de transgressão em transgressão, Thomas ia adiando sua decisão e cansando seus pais.
- Amor, nãos sei mais o que fazer com nosso filho, não aguento esse silêncio dele – Disse a mãe.
- Será que fomos nós que o estragamos? – Pergunta o pai aflito.
- Eu não sei, mas temos que descobrir. A partir de hoje, vamos mudar com ele.
A cada erro dele era dado mais presença. A cada transgressão, um abraço. A cada reclamação, alguns elogios. Os pais trocaram o julgamento implacável pelo acolhimento e pela paciência.
Até que um dia, mexido com a dedicação dos seus pais, Thomas falou:
- Pai, mãe, eu preciso de ajuda e acho que só vocês me entenderiam.
Seus pais o abraçaram e perguntaram:
- Do que você precisa, meu filho?
- É isso, eu não sei o que eu quero e tenho medo de querer algo – disse entre uma lágrima e outra.
Thomas enfim quebrou o silêncio. Ele só precisava de amor.
E aí, caro leitor? Me diz você, não é disso que todos nós precisaremos algum dia também?
*Psicólogo Luan Santana. CRP: 03/11290 - Cel.: (75) 9 9895-4918